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Manana

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O livro Manana dá-nos um quadro exemplar da situação do assimilado antes do processo de consciencialização por que passou o intelectual angolano no fim dos anos 40 e no princípio da década de 50 do século XX colonial...

O livro Manana dá-nos um quadro exemplar da situação do assimilado antes do processo de consciencialização por que passou o intelectual angolano no fim dos anos 40 e no princípio da década de 50 do século XX colonial. Sobrevivência com tudo o que isso implicava de conformismo, de aceitação do estatuto de colonizado, é, nesse período, o alvo do assimilado incapaz de atender às contradições das estruturas em que se insere e dá ao seu esforço uma dimensão libertadora. O assimilado, nessa fase, pensa que as soluções são individuais, possíveis de alcançar-se à custa de tudo e de todos. A manha, a ladinice, a esperteza são as armas ilusórias desse pícaro que acaba por ser vítima da sua inserção incorrecta na realidade.
Manha, ladinice, esperteza ajudam a definir a atitude do narrador-protagonista perante a vida. Pícaros, anti-herói caracterizam Felito Bata da Silva, o protagonista, na sucessão interminável de patranhas que é o seu quotidiano de marido infiel, de pequeno D. Juan trapaceiro.
Felito não está interessado em mudar o mundo: aceita ou antes para sobreviver, para se mover na enganadora liberdade por que optou, finge aceitar as estruturas sociais vigentes – é um conformista, e com o seu conformismo consegue a consideração dos velhos, dos representantes do mundo tradicional, também eles vítimas da alienação que o colonialismo a todos estende.
Manana é uma crítica ao sistema colonial-fascista que asfixiava o povo angolano.

Uanhenga Xitu é o nome Kinbundu de Agostinho André Mendes de Carvalho (Ícolo e Bengo, Angola, 29 de agosto de 1924 - Luanda, Angola, 13 de fevereiro de 2014) foi um escritor angolano. Nos últimos anos, tem sido objeto de estudos científicos e homenagens, e recebeu homenagens em território angolano e outros países.

Além da enfermagem, sua profissão formal, exerceu clandestinamente atividades políticas visando a independência de Angola, vindo a ser preso pela PIDE em 1959 no seguimento da detenção no aeroporto de Luanda. Tendo sido desterrado para o Campo de Concentração de Tarrafal em Cabo Verde onde ficou de 1962 a 1970.

Foi julgado pelo Tribunal Militar e condenado a doze anos de prisão maior, medidas de segurança de seis meses a três anos prorrogáveis e perda de direitos políticos por quinze anos. Na prisão começou a escrever suas histórias. Em liberdade, manteve a sua actividade politica e depois de alcançada a independência de Angola, exerceu as funções de Ministro da Saúde, Comissário provincial de Luanda e Embaixador da República Popular de Angola na Polónia, foi deputado à Assembleia Nacional pelo MPLA, posteriormente vindo a ser "reformado" por motivos de idade não mais compatível ao exercício da função. Aos 89 anos Uaenhenga Xitu morre por motivo de doença.

Os Livros
Eminente contador de ‘estórias’ populares, a narrativa de Uanhenga Xitu, está despida do rigor literário, pois a preocupação primária do autor é estabelecer uma ligação semiótica com o seu povo, que o estimula a escrever. A sua vivência na senzala transformou-o num homem solidário e interessado com as necessidades humanas. Numa entrevista, Uanhenga Xitu afirmou que "o que me preocupa é a situação social do povo". Em 2006 recebe a distinção do Prêmio de Cultura e Artes na categoria de literatura pela qualidade do conjunto da sua obra literária, causando-lhe uma enorme surpresa. Sendo assim, o homenageado e culto escritor angolano entrou na lista dos melhores autores da história literária Angolana.

Obras de Uanhenga Xitu

Mestre Mestre Tamoda Tamoda (1974)
Mestre Tamoda e Outros Contos (1977)
Manana (1974)
Maka na Sanzala (1979)
Vozes na Sanzala (Kahitu) (1976)
Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem (1980)
Os Discursos de "Mestre" Tamoda (1984)
Bola com Feitiço (1974)
O Ministro (1989)
Cultos Especiais (1997)
Meu Discurso (1974).
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Copyright: © Uanhenga Xitu/MAYAMBA EDITORA, 2011
Autor
Uanhenga Xitu
Título
Manana

Edição
Mayamba Editora, Luanda-Angola
Estrada do Calemba 2, Rua Rio Cuango, n.º 16, Condomínio Vila Rios, Distrito Urbano de Camama
Município de Talatona – Luanda-Sul/Angola
Caixa Postal 3462
Telf. +244 226 213 869||923878395| 927 216 231|911 564 614
E-mail: mayambaeditora@yahoo.com

Capa e Designer: Carlos Lungiyeki

Impressão e Acabamento:
Damer Gráfica, SA
Talatona, Luanda-Sul
Angola

Iª Edição na Mayamba Editora:
Luanda, Agosto de 2011

Tiragem: 2.000 Exemplares

Depósito Legal n.° 4739/2010
ISBN: 978-989-8370-15-0

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