Neste livro, o autor expressa com genialidade os depoimentos e testemunhos recolhidos na primeira pessoa, de episódios ocorridos
ao longo do prolongado conflito armado no país, em que a Força Aérea Angolana teve uma participação activa e preponderante.

[…] Os episódios relatados neste livro são de arrepiar corações, e muitos deles assemelham-se a ficção, mas foram a pura realidade de uma guerra atroz e violenta com muito derramamento de sangue.

[…] Cangaço – Os Guerreiros do Ar é uma obra de relevante importância e um grande contributo para a história militar e da Força Aérea em particular. Recomendamos que seja amplamente divulgado nas Instituições de Ensino Militar, atendendo ao seu carácter, sentido pedagógico e didáctico, desse modo servindo de inspiração para as novas gerações no incondicional amor à Pátria.
Esta é uma singela homenagem prestada a todos os que se sacrificaram pela Defesa da Pátria e da Soberania Nacional, especialmente aos que por ela deram as suas próprias vidas.
Cristóvão Miguel da Silva Júnior
Tenente-General reformado

Fernando Jardim Ferreira tinha dezoito anos quando fez o curso de
páraquedismo e tirou o brevet de piloto, em 1970/71, no Aero Clube de Angola.
Sagrou-se campeão nacional de páraquedismo no ano seguinte, em Luanda. Fez a Licença de Piloto Comercial e foi trabalhar como piloto de táxi-aéreo em Moçambique.
Aproximando-se a data da Independência de Angola regressou a Luanda. Perante a invasão do território por forças estrangeiras ofereceu-se como voluntário para voar no Núcleo da Força Aérea Popular de Angola/Defesa Anti-Aérea. Durante cinco anos cumpriu missões de voos de transporte e formou pilotos em todos os aviões que operou. Depois disso, seguiram-se os anos como piloto de Linha Aérea na TAAG e
noutras Companhias, em aviões que fizeram história, como o Boeing 707, o 727, e, já no final de carreira, pilotou jatinhos executivos
da III Geração, com todas as mordomias tecnológicas. Até ao final do tempo.