Trata-se de uma reflexão e compreensão sobre o cenário que a esmagadora maioria das cidades angolanas apresenta: urbanização caótica e acelerada e uma pobreza urbana indescritível. Um fenómeno recorrente no processo de urbanização em países africanos. É o resultado de uma investigação levada a cabo pelo autor para a defesa da tese com omesmotítuloPlaneamento Urbano e Inclusão Social – O Caso de Uíge, desenvolvida em território português, na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa, em Braga. As informações recolhidas permitiram analisar a situação actual desta cidade em termos demográficos, sociais, económicos, urbanístico e ambientais, e ainda identificar e hierarquizar os seus principais problemas à luz de um necessário e urgente processo de planeamento urbano, sendo, por isso, formuladas algumas recomendações em jeito de agenda de acção local, sem nunca esquecer o sistema de planeamento e gestão territorial que tem vindo a ser implementado pelo Estado angolano em todo território nacional.

Raimundo Capitão, natural da província do Uíge, é licenciado em Relações Internacionaisna Universidade Lusíadas do Porto (Portugal), tendo, posteriormente, tirado uma especialização em Ciência Política e Jurisprudência em Itália, um mestrado e uma pós-graduação em Cidades e Desenvolvimento Regional na Universidade Católica Portuguesa em Braga e, actualmente, encontra-se a concluir o doutoramento em Filosofia Social e Política bem como o mestrado em Administração Pública e Poder local na Universidade do Minho em Braga. Enquanto professor universitário em Angola, ministra as cadeiras de Cooperação Internacional, Política Internacional, Introdução às Relações Internacionais, Gestão e Administração Pública, Desenvolvimento Regional, Organização do Estado Angolano e Trabalho de Fim de Curso de Licenciatura (TFCL); é fundador com CAP nos domínios de Gestão Urbana, de Resíduos Sólidos, Desenvolvimento Urbanístico, Serviços Municipalizados e Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano. É fundador do Fórum Angolano para o Desenvolvimento Social de Braga e co-fundador e membro dirigente do MVA (Movimento Viva Angola) em Lisboa enquanto estudante em Portugal, sendo igualmente o fundador e presidente da AITA – Associação Angolana de Antigos Alunos e Amigos da Itália, com sede em Luanda.