A (...) obra faz uma profunda incursão nas várias fases da história da criação e desenvolvimento da TPA, explicando, sobretudo à camada mais jovem, o enigma subjacente à troca da anterior denominação da TPA, de Televisão Popular de Angola para Televisão Pública de Angola, facto que ocorreu em meados de 1991.
Das primeiras emissões, com uma cobertura limitada à cidade capital, Luanda, à extensão faseada do sinal televisivo a todo o país, das coberturas jornalísticas simples às mais complexas, envolvendo meios de transmissão por feixes hertzianos e via satélite; dos registos televisivos, pacificamente elaborados, à cobertura dos conflitos armados de violência indescritível, enfim, todos os cenários que ofereceram um sem-fim de alegria e conhecimento, mas também de muita tristeza, pânico e dor, subjacente às milhares de vidas humanas que infelizmente não foram poupadas.
Todos estes episódios, que fazem parte da história mais recente do nosso país, são aqui retratados com elevada mestria pela Sandra Mainsel, deixando no nosso íntimo um sentimento misto de saudade e dor, mas com a certeza de se cumprir, na plenitude, o dever de divulgação do real papel que a TPA assumiu e desenvolveu ao longo de muitos anos, em benefício do nosso país.
Prefácio de Carlos Cunha

SANDRA MAINSEL é licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Agostinho Neto. É Mestre e Doutora em Administração de Empresas pela Florida Christian University. Jornalista há 33 anos, desempenhou funções como apresentadora, repórter e editora de notícias. Assumiu também as funções de Chefe de Secção de Editoria Social, Chefe de Departamento de Informação Não-Diária, Sub-Directora, e é actualmente Directora de Multimédia da Televisão Pública de Angola. É docente da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto e formadora do CEFOJOR.