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DOIS ANOS DE VIDA

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Luís Fernando já é um reconhecido jornalista e ficcionista.
E tem um projecto, que se vai consolidando, de todos os anos
publicar em livro as crónicas que semanalmente escreve para o
jornal “O País”...

Luís Fernando já é um reconhecido jornalista e ficcionista.
E tem um projecto, que se vai consolidando, de todos os anos
publicar em livro as crónicas que semanalmente escreve para o
jornal “O País”. Assim foi com o livro “Um Ano de Vida”, reunindo as crónicas do período entre Novembro de 2008 e 2009.
Agora apresenta “Dois Anos de Vida”, referente ao espaço entre
os Novembros de 2009 e 2010. Foi esta obra com a qual destinou
honrar-me, pedindo um prefácio.

Leitor fiel e amigo do escritor, cumpro assim com prazer a
missão. O que me permitiu revisitar muitas das crónicas que já
conhecia do jornal. Mas, antes de entrar por aí, gostaria de referir que o Luís sempre me engana na idade, pois tem o ar mais
jovem que a idade do bilhete de identidade. E a desenvoltura. Se
pensarmos que estudou e se formou e começou a sua actividade
jornalística, pela rádio, com 17 anos, vemos bem que é um produto intelectual da Independência. Pertence à primeira geração
dos filhos dela, a pioneira. E isso talvez conte muito na sua maneira de ver o mundo e, sobretudo, de o descrever.

Ele próprio se define como descendente de camponeses do Uíje, muito orgulhoso do seu Tomessa natal, certamente um verdadeiro paraíso para criança (imagino eu), cheio de pássaros de todas as cores, morros e matas onde se refugiam ainda alguns animais selvagens e muitas sombras estranhas e narrativas, numa paisagem de sonho. A Independência permitiu-lhe aspirar a mais que a sua aldeia, se tornando um angolano de espírito aberto e cidadão do mundo. Não é difícil detectar isto tudo nas suas crónicas.

No entanto, embora viajado e conhecendo muitas outras culturas, se mantém fiel ao cantinho onde nasceu, reservando-lhe enorme carinho e devoção em algumas crónicas. E, de vez em quando, desenterra no baú das recordações, os tempos bons e os ensinamentos recolhidos nesse local mítico, com os mais velhos, particularmente os seus pais. Comoventes são por exemplo as referências a sua mãe, os conhecimentos de vida com ela aprendidos, as comidas por ela preparadas (não há melhor que a comida da nossa mãe, por muitos e requintados restaurantes que possamos frequentar por esse vasto e exótico mundo, é conhecido, embora nem sempre reconhecido).

As crónicas apresentam uma extrema variedade de situações,
de estórias do dia a dia, quer no Uíje quer em Luanda, quer onde
calhe. Há no entanto uma grande unidade na sua diversidade,
unidade baseada em alguns valores muito prezados por Luís Fernando e que transparecem na sua escrita bem cuidada. Para além do humor e alguma aparente ligeireza de cenas abundantes do nosso viver, há sempre um carinho particular por pessoas com problemas, simples mas trabalhadoras, os verdadeiros criadores da riqueza nacional. Os tipos sociais com que cruzamos todos os dias na rua dominam a escrita. Cada um com suas fraquezas e grandezas. É um verdadeiro exército de tipos diferentes, que nos fazem sorrir, ou sentir o coração apertado, que nos fazem sonhar com o futuro, ou preocupar com o presente. No entanto, o optimismo, a crença no povo, na força desses indivíduos aparentemente fracos e que conseguem sobreviver a tudo, é a marca dominante. Críticas também surgem, a comportamentos, a figurões, a sistemas de vida ou de poder. Nem tudo é feito
para agradar e portanto a escrita revela alguns podres. Mas sempre no sentido de apontar caminhos e esperança, chegaremos lá! Mas também há referências a pessoas que nos marcam, desde Mandela e Obama a uma operária, competente no seu labor, mais próprio de homens. E futebol, frequentemente. E sempre, a nossa habilidade inata para dar a volta a impeditivos, complicações, obrigações ou maldades alheias. A vida, enfim, com seu heróis conhecidos e seus anónimos, não menos heróis por isso.
Luís Fernando é um felizardo, bom observador, sabe aparar
golpes traiçoeiros e lançar altas gargalhadas. E é generoso, nunca esquece os outros, acha que a sorte deve ser partilhada. Não
é preciso conhecê-lo pessoalmente para o perceber. Basta ler as
suas crónicas, eivadas de vida, de ternura pelo género humano,
de paz consigo próprio.
“Dois Anos de Vida” é a prova dessa maneira de ser e conviver. Ainda para mais, com elevada qualidade literária. Esperemos por muitos anos de vida… e de crónicas.
Pepetela
Maio de 2011

Luís Fernando - nasceu no Uíge (Tomessa) em 1961. É jornalista desde os 17 anos de idade.
Trabalhou por mais de decáda e meia na Rádio Nacional de Angola, ocupando na emissora pública vários cargos. Sucessivamente sub-chefe de redacção, Re-Writer, correspondente em Havana e director de Informação.
Durante 12 anos foi director geral do Jornal de Angola. Está ligado ao seminário O PAÍS desde a sua fundação em 2008. Como jornalista, teve ainda colaboração dispersa por numerosos órgãos tanto no país como no estrangeiro (Jornal Desportivo Militar, Revista O Golo, Agência Angola Press, TPA, O Diário - Portugal - e Deutsche Welle, Alemanha).

Em 2009 foi admitido como membro da União dos Escritores Angolanos (UEA) depois de dez anos a publicar com regularidade.
«Noventa Palavras» é oseu primeiro livro e data de 1999.
Escreveu outras obras, a saber: A Saúde do Morto; Antes do Quarto; João Kyomba em Nova Iorque; Clandestino no Paraíso; A cidade e as duas Órfãs Malditas, Um ano de Vida, Silêncio na Aldeia, Angola: Memórias da Transição Política - De José Eduardo dos Santos a João Lourenço vol.I& II e o livro Notícias do Palácio.

Actualmente, é Secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa.
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Copyright: © Luís Fernando /Mayamba Editora, 2011
Título: DOIS ANOS DE VIDA
Autor: Luís Fernando
Prémio Maboque de Jornalismo 2011
Edição: Mayamba Editora, 2011
Colecção: Nzadi
Editor: Arlindo Isabel
Capa e Design: Carlos Lungiyeki
Rua 3, n.º 231, Urbanização Nova Vida Município de Kilamba Kiaxi – Luanda-Sul/Angola Cx. Postal 34 62

E-mail: mayambaeditora@yahoo.com
Site: www.mayamba.com
Impressão e acabamento:Damer Gráficas, SA
Talatona, Luanda Sul - Angola
1.ª Edição:Luanda, Outubro de 2011
Tiragem: 1 500 Exemplares
Depósito legal n. 5219/2011
ISBN 978-989-8370-91-4
Província Município Comuna
Luanda Belas Kilamba
Luanda Belas Vila Verde
Luanda Cacuaco Cacuaco
Luanda Cacuaco Kikolo
Luanda Cacuaco Sequele
Luanda Cazenga 11 de Novembro
Luanda Cazenga Cazenga
Luanda Cazenga Hoji Ya Henda
Luanda Cazenga Kalawenda
Luanda Cazenga Tala Hadi
Luanda Icole Bengo Bela Vista
Luanda Kilamba Kiaxi Golf
Luanda Kilamba Kiaxi Nova Vida
Luanda Kilamba Kiaxi Palanca
Luanda Kilamba Kiaxi Sapú
Luanda Luanda Ingombotas
Luanda Luanda Maianga
Luanda Luanda Neves Bendinha
Luanda Luanda Ngola Kiluanje
Luanda Luanda Rangel
Luanda Luanda Samba
Luanda Luanda Sambizanga
Luanda Talatona Benfica
Luanda Talatona Camama
Luanda Talatona Cidade Universitária
Luanda Talatona Futungo de Belas
Luanda Talatona Lar do Patriota
Luanda Talatona Talatona
Luanda Viana Estalagem
Luanda Viana Kikuxi
Luanda Viana Viana
Luanda Viana Vila flor
Luanda Viana Zango