“Nós somos um movimento progressista porque queremos hoje – agora que estamos na transição para a independência – que todo o nosso povo possa participar no progresso histórico que se está a passar
na nossa terra e este não seja apenas para uma elite de políticos; não seja para uma elite de diplomatas; mas seja um acto em que todo o povo participe.
É preciso que nas comissões de bairro, nas comissões do povo se estabeleçam as bases de uma verdadeira democracia, sem separação de raças, sem separação de classes sociais, sem nos distinguirmos pela condição religiosa, ideológica ou política de cada um. É possível
todos nós darmos a nossa contribuição para que o povo de Angola saiba determinar por si próprio o seu destino. Este é o nosso progressivismo.”
Camarada Presidente Agostinho Neto
(Comício em Cabinda — 16/02/2019)
Uanhenga Xitu é o nome Kinbundu de Agostinho André Mendes de Carvalho (Ícolo e Bengo, Angola, 29 de agosto de 1924 - Luanda, Angola, 13 de fevereiro de 2014) foi um escritor angolano. Nos últimos anos, tem sido objeto de estudos científicos e homenagens, e recebeu homenagens em território angolano e outros países.
Além da enfermagem, sua profissão formal, exerceu clandestinamente atividades políticas visando a independência de Angola, vindo a ser preso pela PIDE em 1959 no seguimento da detenção no aeroporto de Luanda. Tendo sido desterrado para o Campo de Concentração de Tarrafal em Cabo Verde onde ficou de 1962 a 1970.
Foi julgado pelo Tribunal Militar e condenado a doze anos de prisão maior, medidas de segurança de seis meses a três anos prorrogáveis e perda de direitos políticos por quinze anos. Na prisão começou a escrever suas histórias. Em liberdade, manteve a sua actividade politica e depois de alcançada a independência de Angola, exerceu as funções de Ministro da Saúde, Comissário provincial de Luanda e Embaixador da República Popular de Angola na Polónia, foi deputado à Assembleia Nacional pelo MPLA, posteriormente vindo a ser "reformado" por motivos de idade não mais compatível ao exercício da função. Aos 89 anos Uaenhenga Xitu morre por motivo de doença.
Os Livros
Eminente contador de ‘estórias’ populares, a narrativa de Uanhenga Xitu, está despida do rigor literário, pois a preocupação primária do autor é estabelecer uma ligação semiótica com o seu povo, que o estimula a escrever. A sua vivência na senzala transformou-o num homem solidário e interessado com as necessidades humanas. Numa entrevista, Uanhenga Xitu afirmou que "o que me preocupa é a situação social do povo". Em 2006 recebe a distinção do Prêmio de Cultura e Artes na categoria de literatura pela qualidade do conjunto da sua obra literária, causando-lhe uma enorme surpresa. Sendo assim, o homenageado e culto escritor angolano entrou na lista dos melhores autores da história literária Angolana.
Obras de Uanhenga Xitu
Mestre Mestre Tamoda Tamoda (1974)
Mestre Tamoda e Outros Contos (1977)
Manana (1974)
Maka na Sanzala (1979)
Vozes na Sanzala (Kahitu) (1976)
Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem (1980)
Os Discursos de "Mestre" Tamoda (1984)
Bola com Feitiço (1974)
O Ministro (1989)
Cultos Especiais (1997)
Meu Discurso (1974).
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Colecção: Biblioteca UX – Uanhenga Xitu
Título: O Ministro
Autor: Uanhenga Xitu
Editor: Arlindo Isabel
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Capa e paginação: Carlos Roque
Impressão e acabamento: UNIMATER, SA
1.ª edição Especial Centenário Uanhenga Xitu
Luanda, Dezembro de 2024
Tiragem: 1000 exemplares
Depósito Legal n.º 13028/2024
ISBN: 978-989-761-530-6
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