Tudo começou como um teste à capacidade de produzir todas as semanas um roteiro de escrita desprendido, leve e sem um propósito que suplantasse o simples prazer da contemplação do verbo. Havia para editar um jornal de caminhos rigorosos e metas exigentes, numa busca arrojada da excelência e do bem-fazer, pelo que a crónica solta no fecho da labuta sempre se podia assimilar como um lenitivo para as forçãs exauridas, no sonho de uma nova semana a abrir-se. Foi este olhar inicial de Luís Fernando quando ás primeiras crónicas se lhe soltaram dos dedos para conquistarem a página última da revista Vida, suplemento lúdico de O PAÍS, incapaz, porém, de se antecipar, pela adivinhação, à saga que viria a transformar-se, com o tempo, num caso sério de leitura viral. Milhares de cópia da edição inaugural de UM ANO DE VIDA fizeram o seu percurso, numa réplica feliz ao caminho do pão quente na mercearia do bairro. As razões só podem ser aquelas que o juízo elementar sugere: as evocações que se partilham tocam os leitores, os cidadãos, os angolanos, porque fragmentos de vivências que são de todos. Quando, por exemplo, uma crónica como "O Homem do atirador" consegue despertar igual interesse em duas gerações diferentes, a da guerra e a da paz, por ser o retrato romanceado de um tempo crítico para titãs da arte de sobreviver, os escritos de Luís Fernando só podem ser assumidos entre nós como pertinentes contribuições ao dever essencial de se preservar a memória que a todos pertence.
LUÍS FERNANDO nasceu no Uíge (Tomessa) em 1961. É jornalista desde os 17 anos de idade. Trabalhou por mais de uma década e meia na Rádio Nacional de Angola, ocupando na emissora pública vários cargos. Sucessivamente sub-chefe de Redacção, Re-Writer, correspondente em Havana e director de Informação. Durante 12 anos foi Director Geral do Jornal de Angola. Dirigiu o Semanário O PAÍS por cinco anos desde a sua fundação em 2008. Foi Administrador Executivo do grupo Media Nova, proprietário da TV Zimbo, Rádio Mais, EXAME Angola e O PAÍS. Como jornalista, Como jornalista, teve ainda colaboração dispersa por numerosos órgãos tanto no país como no estrangeiro (Jornal Desportivo Militar, revista O Golo. Agência Angola Press, TPA, O Diário – Portugal – e Deutsche Welle, Alemanha). Em 2009 foi admitido como membro da União dos Escritores Angolanos (UEA) depois de dez anos a publicar com regularidade. Actualmente, ocupa o cargo de Secretário para os Assuntos de Comunicação Institucional e de Imprensa do Presidente da República.
Noventa Palavras é o seu primeiro livro e data de 1999. Escreveu outras obras, a saber: A Saúde do Morto, o seu romance mais célebre, traduzido em espanhol; Antes do Quarto; João Kiomba em Nova Iorque; Clandestinos no Paraíso; A Cidade e as Duas Órfãs Malditas; Um Ano de Vida, Dois Anos de Vida e Três Anos de Vida; Angola: Memórias da Transição Política de JES e JL - Volume I e II, Noticias do palácio, Quatro anos de Vida, Seis anos de Vida, Sete anos de Vida, Oito anos de Vida, Nove anos de Vida, Um Padre no Hotel, Vozes na Pedra e Andanças.
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Copyright: © Luís Fernando /Mayamba Editora, 2014
Título:UM ANO DE VIDA
Autor: Luís Fernando
Prefácio: Jomo Fortunato
2ª Edição: Mayamba Editora, 2014
Colecção: Nzadi
Editor: Arlindo Isabel
Design, Paginação e Capa: Carlos Roque/Mayamba Editora
Foto da Capa: Carlos Moco
Rua da Liga Nacional Africana, nº 13, Ingombota Luanda/Angola Cx. Postal 34 62.E-mail: mayambaeditora@yahoo.com
Site: www.mayamba.com
Impressão e acabamento: Damer Gráficas, SA - Talatona, Luanda - Angola
Tiragem: 1000 Exemplares
2ªedição Luanda, Julho de 2014
Depósito legal n. 4816/2014
ISBN 978-989-8310-00-6