Esta é uma história à margem dos parâmetros habituais porque foca minoritários, em vários sentidos do termo. Além disso, é história de pessoas envolvidas na luta política com risco de vida, mas que não pretendiam tomar o poder. Mesmo limitados a pequenos grupos, pretendiam suscitar instituições de grande convivência humana. Com frequência esse tipo de histórias ou é esquecida ou vira objecto de rápidas menções nas histórias de uso corrente. Porém, nas últimas décadas em várias partes do mundo, tem aumentado o interesse pelo estudo das minorias políticas, culturais ou comunitárias, sobretudo quando são sujeito ou objecto de ocorrências que as transcendem. Em pelo menos meio século da vida angolana, as minorias defensoras de pluralismo e que se manifestaram por vias informais, estiveram sempre presentes, por vezes de forma precursora. Raramente estiveram em centros de decisões, mas suas actividades, pontuais ou muito prolongadas, influíram no desequilíbrio de várias balanças que resultou em mudanças políticas, económicas e culturais. Daí que fornecer elementos sobre essas actividades, pode facilitar a compreensão de determinados eixos da evolução do país. Não apenas da História, mas também porque algumas características do fenómeno “franco atirador” têm hoje grande relevo na articulação da sociedade civil no mundo inteiro, Angola inclusive. É actuação espontânea – às vezes por falta de contacto com as estruturas maiores ou por rejeição destas – direccionada para metas concretas que, uma vez alcançadas, dispersam os intervenientes. Não se trata nunca de tomar o poder, mas de estimular mentalidades que posicionem em defesa do campo popular e garantam a abertura como norma de relacionamento social, construção cultural e atitude política. Um pouco como mudar o mundo sem tomar o poder...
Jonuel de José Manuel Gonçalves viveu mais de uma década exilado, em virtude de sua participação na luta pela independência de Angola e foi na universidade de Dakar (Senegal) onde iniciou, na década de 1960, seus estudos superiores e seus trabalhos de pesquisa no Instituto Fundamental de África Negra (IFAN) da mesma Universidade. Posteriormente diplomou-se na école des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris.
Regressou a Angola logo após o 25 de Abril e exerceu função de economista nas áreas de obras públicas e transporte internacional. Na década de 1980 participou no estudo sobre admissão de Angola ao Banco Mundial.
Em 2003 obteve o título de doutor em Ciências pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro com uma tese sobre valorização económica da água, baseada em pesquisa nos rios Kunene e Uruguai. Posteriomente, foi professor na Universidade do Estado da Bahia e da Universidade Cândido Mendes (Rio de Janeiro).
Obras Publicadas: Franco Atiradores-informal e espontâneo nas vias de Abert em Angola,ura Relato de Guerra Extrema; A Economia ao Longo da História de Angola; A Economia de Angola nos Espaços Austrais; África no Mundo Contemporâneo – Estruturas e Relações; A Ilha de Martins Vaz; Manual de Estudo Sobre África (Todos pela Mayamba Editora), e Atlântico Sul XXI – África Austral e América do Sul na virada do Milênio (Ediunesp).
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Título: Franco Atiradores-informal e espontâneo nas vias de Abertura em Angola,
Autor: JONUEL GONÇALVES
Colecção: Biblioteca da História
Copyright: © Jonuel Gonçalves/Mayamba Editora, 2010
Direitos reservados por Mayamba Editora
Editor: ARLINDO ISABEL
Capa e Designer: Carlos Lungyeki
Fotografia do Autor: Arlindo Isabel
Impressão e acabamento: Rolo e Filhos, SA
Tiragem: 2000 exemplares
Depósito legal n.º 4899/10
ISBN: 978-989-8370-22-8
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