Na atitude política baseada na categoria filosófica-política e na filosofia ética-política que quer descobrir a importância da política inspirada na ética filosófica dos grandes filósofos, que foram simultaneamente grandes políticos, no melhor dos sentidos, ao estilo de Eric, Jean -Jacques Rousseau, Sócrates, Platão, Aristóteles e Agostinho, vimo-nos obrigados a elaborar um novo ângulo da abordagem da filosofia, alicerçada nas nossas Convergências Dialécticas entre Ética e Política.

Assim, a necessidade da ética na política manifesta a política da necessidade ética. Por isso, o que é ético é sempre ético-político e humano, mas o que é político, embora seja político, nem sempre é ético e humano. Eis o porquê de nossas Convergências Dialécticas entre Ética e Política, proposta de construção de um Estado sólido para o mundo político-filosófico de nosso tempo, reivindicado em mais justiça e mais enquanto humanidade. Pois, na verdade, uma política sem ética político-humana é uma violência político-desumana. O mesmo se diga de um político sem humanismo ético-político: é também um desumano político. E se os políticos não são políticos ético-humanos e racionais senão como agem, em filosofia ético-humana nada se impõe, apenas se traça; mas em política desumana e não-ética, tudo é imposto.

Por isso, quando os políticos não são cidadãos e nem os cidadãos são civilizados com base nos critérios ético-políticos e racionais, cultiva-se a animalização política e não a humanização política. Eis a razão pela qual o animal político se diferencia do animal político. No entanto, para que a ética seja aplicada na política é preciso humanizar e "eticizar" os políticos da política e não a política dos políticos. A consciência política deve realizar-se na consciência ética da filosofia política, porque a filosofia política, enquanto ação racional, deve ser o fundamento da ação ética e humana…

Artur Pina Nasceu a 24 de Junho de 1974 em Sanza Pombo, província do Uíge. Depois dos estudos primários e liceais em Sanza Pombo e Uíge, frequentou a 9ª e 10ª turma do curso de formação de professores do IMNE-Instituto Médio Normal de Educação do Uíge (1990-1992), tendo depois ingressado no Seminário Maior Diocesano de S. Paulo do Uíge, onde estudou Filosofia (1993-1995) e no Seminário Maior Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus de Luanda, onde estudou Teologia (1996-2001). Foi ordenado no Uííge, em 8 de setembro de 2002.

Depois de uma experiência como formador na sua Diocese, foi transferido, em 2002, para o Seminário Maior Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus de Luanda, onde trabalhou como Diretor Espiritual.

Em 2006, foi para Roma frequentar a Universidade Urbaniana, tendo obtido o grau de Mestre em Filosofia, com uma dissertação A SUPERAÇÃO DO SER VIOLENTO CONFORME O MÉTODO DE ERIC WEIL.

É assinalando de filosofia que, fruto do seu empenho-académico distinguido como o melhor do curso 2008, de filosofia da Universidade Urbaniana, tendo uma classificação Summa cum Laude.

Actualmente, é Reitor do Seminário Maior de S. Paulo do Uíge e professor de Filosofia da Universidade Kimpa Vita. Tem duas obras publicadas na Mayamba Editora:

- A Superação do Ser Violento
- O Homem e a Cidadania.