Entre a Lua, o Caos e o Silêncio: a Flor é a antologia mais completa e abrangente já publicada de Poesia Angolana, incluindo os períodos e os autores mais marcantes da sua história.
Esta é uma edição histórica, oferecendo um retrato sistemático,
plural e riquíssimo do admirável património literário angolano aos leitores de língua portuguesa em todo o mundo.
Com excepcional organização de Irene Guerra Marques e Carlos Ferreira, a Antologia da Poesia Angolana divide-se em três partes. A primeira, dedicada à literatura oral, oferece a transcrição literal dos poemas nas línguas nacionais, seguida de tradução acompanhada por notas explicativas, que contextualizam cada poema. A segunda secção, referente aos precursores, abarca nomes sonantes da poesia angolana de Luís Félix Cruz a Jorge Rosa, levando o leitor numa viagem do século XVII, assinalado pelos primeiros textos poéticos
manuscritos, até ao século XIX. «Modernidade e contemporaneidade» é a última parte da antologia e nela irrompem os poetas dos séculos XX e XXI, contrastando, a cada virar de página, manifestações artísticas distintas – as «continuidades e descontinuidades» a que o subtítulo dessa secção alude.
Entre a Lua, o Caos e o Silêncio: a Flor é um hino de amor
à poesia: um livro que faz História
IRENE GUERRA MARQUES, natural de Luanda, licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Entre 1965 e 1975 foi professora de Língua Francesa e de Língua
e Literatura Portuguesa.
Foi coordenadora nacional de Língua Portuguesa e Literatura Angolana no Centro de Investigação Pedagógica (CIP, CIPIE) do Ministério da
Educação entre os anos de 1976 e 1982. Desde 1983 até 1988, dirigiu o Instituto de Línguas Nacionais tendo posteriormente, entre 1988 e 2000, sido directora do Instituto Nacional de Formação Artís-
tica e Cultural.
De 2001 a 2002, desempenhou as funções de assessora principal
do vice-ministro da Educação e Cultura para a Reforma Educativa e,
entre 2003 e 2010, foi consultora dos ministros da Cultura. Entre 2002 e 2019, foi docente das cadeiras de Língua Portuguesa e de Literatura Angolana na Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, onde exerceu, de 2010 a 2015, o cargo de chefe de Departamento de Língua Portuguesa.
Participou ainda nos trabalhos de reestruturação do ensino secun-
dário, de reformulação do ensino superior e na organização do ensino
artístico em Angola. Trabalhou na instalação da Faculdade de Letras e Ciências Sociais e, posteriormente, na da Faculdade de Letras para a qual elaborou diversos programas curriculares e introduziu a disciplina de Literatuta Angolana.
É autora da primeira antologia de literatura angolana, Poesia de
Angola (1976), e das primeiras colectâneas intituladas Textos Africanos de Expressão Portuguesa (1976) criadas para o sistema de ensino angolano após a independência.
É autora de vários livros e trabalhos nas áreas da linguística e da
investigação literária, dos quais se destacam os seguintes: Antologia Poesia de Angola (1976); Breves Considerações sobre a problemática linguística em Angola (1985); Henrique Abranches, o Homem dos Sete Talentos (2003); Dos Desertos, dos Sonhos, das Travessias e do Futuro (co-autora), 2010; Antologia de
Narrativas Tradicionais (co-autora) (2011); Entre a Lua, o Caos e
o Silêncio: a Flor (co-autora) (2012, 1.ª edição); O Boletim Cultura II e a Sociedade Cultural de Angola (co-autora) (2013); O Livro de Oiro da Literatura Infantil (co-autora) (2013); Línguas de Angola (2005); Novo Acordo Ortográfico de 1990 – art.º (2008); Línguas e Políticas de Línguas em Angola nos Períodos Colonial e Pós-colonial – art.º; Uma Metodologia Possível para o Ensino de Português em Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – art.º; O sistema de ensino angolano, após a Independência, art.º.
Tem participação activa em seminários, conferências e congressos,
bem como em júris de prémios literários nacionais e internacionais.
É membro fundador da Academia Angolana de Letras (2016), membro honorário da União dos Escritores Angolanos (2016) e foi dis-
tinguida com o Diploma de Mérito da Faculdade de Letras da Univer-
sidade Agostinho Neto (2015), o Diploma de Honra do Ministério da
Cultura de Angola (2015) e a Menção Honrosa da Universidade Agos-
tinho Neto (2015). Em 2019, foi-lhe outorgada, pelo Presidente da
República de Angola, a Ordem de Mérito Civil do Primeiro Grau.
CARLOS SÉRGIO MONTEIRO FERREIRA, nasceu em Luanda a 28 de Fevereiro de 1960.Terminados os estudos secundários no Liceu Salvador
Correia/Mutu Ya Kevela, entrou para a Rádio Nacional em 1977,
como redactor-repórter, tendo ali permanecido até 1991, altura em que foi colocado nos Serviços de Imprensa do Presidente da República.
Regressou à Rádio Nacional, onde em 1996 exerceu as funções de director dos serviços de programas. Paralelamente à actividade de radialista, foi co-fundador da Brigada Jovem de Literatura (BJL) de Luanda, iniciou-se na crónica, na criação de letras para canções e na poesia. Ingressou na União dos Escritores Angolanos em 1984, onde exerceu, por três vezes, as funções de secretário das actividades culturais, as mesmas que tinha exercido na BJL. Tem uma dezena de letras para canções premiadas no Festival da Canção de Luanda da Luanda Antena Comercial (LAC). São de sua autoria, entre outras, as obras Projecto Comum I e II, Sabor a Sal, Começar de Novo, Voz à Solta, Marginal, Namoro o Mar, Ressaca, Quase Exílio, A Magia das Palavras, A Angústia do Fim, Memórias de Nós, Contrafé e Meaidade, bem como o CD áudio Cacimbos, com letras de sua autoria, musicadas por diversos compositores angolanos, como Ana Maria de Mascarenhas, Paulo Flores, Eduardo Paim, Mamborrô, Don Kikas e o CD áudio de poemas À Reconquista, uma antologia de poetas angolanos dos anos 20, 30 e 40 do século xx em que juntou grandes vozes e grandes vultos da sociedade angolana. Tem colaboração ainda com a compositora e cantora angolana Aline Frazão. Foi presidente do júri do Prémio Sagrada Esperança. Colaborou ainda no suplemento cultural «Vida & Cultura» do Jornal de Angola, no jornal Jango, na revista TVeja da então Televisão Popular de Angola. Correspondente do Diário
de Notícias e da Seara Nova, trabalhou em vários projectos de investigação. É co-autor de uma antologia do Conto Angolano, Dos Desertos, dos Sonhos, das Travessias e do Futuro, da publicação d’O Boletim Cultura II e a Sociedade Cultural de Angola e da antologia poética Entre a Lua, o Caos e o Silêncio: A Flor. Com seu irmão, o historiador Edmundo Monteiro Ferreira, publicou Eugénio Ferreira – Um cabouqueiro da angolanidade no centenário do nascimento de seu Pai. No ano de 2011, ingressou no semanário Novo Jornal, tendo sido seu editor cultural e, em 2015, assumiu a sua direcção, na qual ficou até Junho de 2019, data em que foi nomeado adido de imprensa da Embaixada da República de Angola em França. Doutorando em Sociologia no ISCTE-IUL em Lisboa, Portugal
Título: Entre a Lua, o Caos e o Silêncio: a Flor – Antologia de Poesia Angolana
organização: Irene Guerra Marques e Carlos Monteiro Ferreira
© Autores, Mayamba e Guerra e Paz, Editores, Lda., 2021
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A presente edição não segue a grafia do novo acordo ortográfico.
Pesquisa, selecção, organização e introdução Irene Guerra Marques e Carlos Monteiro Ferreira
revisão: Marília Laranjeira e Joana Camões Pereira
design de capa e paginação: Ilídio J.B. Vasco
imagens de capa e miolo: Mestre José Rodrigues
ISBN: 978-989-702-606-5
depósito legal: 9923/2021
1.ª edição: Março de 2021