Introdução
É ponto assente que, em termos didácticos, a componente do estudo sobre a História de Angola, adaptada ao contexto actual, mais do que nunca implica referências introdutórias relativas à probabilidade endógena, pois a (des)construção epistemológica passa por abordagens quer etno-históricas, com o suporte das tradições (cf. VANSINA, 1982), quer sociológicas, partindo das análises etnolinguísticas, socioculturais e com maior incidência aos elementos toponímicos, zoonímicos, etnonímicos, fitonímicos, religiosos, onde reside o conteúdo essencial. Por se tratar de um passado da herança historiográfica colonial, fugindo um pouco da letra, acreditamos alcançar o espírito que norteou as dinâmicas históricas ancestrais até então muito pouco conhecidas.
Assim, torna-se mister começar com a reflexão em torno das prováveis origens do topónimo do objecto do presente estudo, do qual muito
se pode dizer, não obstante a consideração da tradição, no caso em concreto, a erudição, de 1969, divulgada por Eduardo dos Santos, que criou condições primárias cujas referências são descritas ao longo da presente exposição, através das quais depreendemos que, ao longo dos tempos, o topónimo “Angola” (cf. SANTOS, 1969) não teve a mesma dimensão histórica no que respeita à sua compreensão e extensão.
Tal explicação entende-se pelo facto de os povos que surgiram para habitar o território em epígrafe terem instituído os seus Estados políticos (cf. CASTRO, 2003). Ao dilema adiciona-se a forma como foram sendo estabelecidas as relações entre os europeus e os povos bantu. Partimos do princípio de que aqueles que proveram este território desde os tempos mais remotos em nenhum momento estiveram isolados nas suas relações de vizinhança (cf. NETO, s/d), mas
foi com a penetração das civilizações cristãs, por volta dos finais do século XV, que a compreensão e extensão de Angola (cf. BRANCO,
s/d), enquanto topónimo, começaram a ganhar contornos que hoje
exigem uma análise histórica didacticamente ponderada (cf. NETO,
s/d). Para tal, indagámos algumas fontes coloniais que cruzámos
com as tradições para chegarmos ao que em seguida descrevemos.
ARMINDO JAIME GOMES (ARJAGO) participou na Batalha de Kwitu Kwanavale. Nasceu no Cuito, Província de Bié, em 1962. Fez o ensino de base na terra natal, frequentou a academia Aérea de Krasnodar, na ex-URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), entre 1982 e 1986, tendo depois participado nas Operações Militares do Kwandu Kubangu de 19 8 7 a 1989. É licenciado em Ensino de História (ISCED, Lubango, UAN, de 1989 a 1995), Mestre em Administração e Gestão Escolar pela Universidade de Évora (2008-2010) e Professor (coordenador), na Academia Militar do Exército.
Contacto do autor para entrevista: 994299962
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Título: HISTÓRIA GERAL DE ANGOLA
À LUZ DO PROGRAMA DO CURSO DE LICENCIATURA
Autor: Armindo Jaime Gomes
Revisão linguística: Mayamba Editora
Colecção: Biblioteca da História
Revisão linguística: Palmira Simões e Mayamba Editora
Editor: Arlindo Isabel
Capa e paginação: Luciano de Paula Almeida
Edição
Mayamba Editora
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Impressão e acabamento
SOPOL Gráfica, Lda
1.ª edição
Fevereiro de 2024
Tiragem: 500 exemplares
Depósito Legal n.° 10685/2022
ISBN: 978-989-761-348-7
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