António Agostinho Neto, importante poeta, ensaísta, político, médico e estadista angolano, legítimo africanista e activista pelo respeito evalorização do homem negro, nasceu num período em que Angola se encontrava sob domínio do regime colonial português, em que as
convulsões e reivindicações se agudizavam no seio de contestatários que apregoavam, primeiramente dignidade, respeito e tratamento
iguais entre os homens, sendo eles negros ou não.

Como poeta, a sua fé, transformada em força, constrói um caminho perseguindo estrelas, tentando alcançar um infinito capaz de chamar à vida todo o ser desterrado no seu âmago.

ANTÓNIO QUINO é docente universitário, jornalista, ensaísta, escritor e antologista. Licenciado em Ciências da Educação, opção linguística Português, mestre em Ensino de Literaturas em Língua Portuguesa, pela Universidade Agostinho Neto e doutorado em Ciências da Literatura, pela Universidade do Minho, em Portugal. É membro
da União dos Escritores Angolanos e professor convidado da Universidade de Roma Tre, Itália. Actual secretário-geral da Academia Angolana de Letras, da qual é membro fundador, é autor do livro de ficção República do Virus, do ensaio “Duas faces da
esperança – Agostinho Neto e António Nobre num estudo comparado” e das antologias “Conversas de homens no conto angolano” e “Balada dos
sonhadores”.