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Toloya (Vivências e Convivências)

4 250,00 kz - eBook*

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A obra Toloya é um retrato que se desdobra em retalhos vivenciados na primeira pessoa que, como é próprio de todas as narrativas deste género, têm amarca, não só do autor, mas também do meio social em que viveu...

Como diz Zé Leitão na sua Dedicatória, este ensaio literário constrói-se com narrativas de memórias e estórias de ouvir contar.
A narrativa que nos é dada a ler desdobra-se em retalhos
vivenciados na primeira pessoa que, como é próprio de todas
as narrativas deste género, têm a marca, não só do autor, mas
também do meio social em que viveu, o que lhe dá a feição
dum prosaico retrato de época.
Época que nos remete para as marcas do assimilacionismo desde o proselitismo das superstições da cultura judaico-cristã até à refundição dos ancestrais valores tradicionais transportados de geração a geração pela oralidade. Mas, independentemente dessas marcas, somos confortados pela sólida educação familiar que assegura a ordem do quási-mundo que perpassa por toda a narrativa e se impõe como modelo de vida que justifica e reclama o propósito desta escrita de memórias.
De mãos dadas com o autor, somos levados a percorrer as ruas de Luanda ao som dos pregões das peixeiras e de coloridas formas de sociabilização, nomeadamente, os namoros, a escola, as partidas de futebol, a universidade. A universidade está sempre presente, porque todas essas vivências se situam ao nível de universidades de vida, porque em todos esses episódios se recolhe o aprendizado, se transaccionam saberes.

O autor deixa-se envolver nas suas memórias, muito marcadas pela sua sensibilidade sensitiva que faz perfilar, como um cortejo de cheiros e sabores, os comeres diversificados que as mamãs sabiam preparar para as numerosas proles que se alinhavam à mesa, pois família eram todos com os quais se convivia mais intimamente, tal como nos diz o autor: O aprendido desde a tenra idade é que para além da própria família consanguínea também existe o vizinho ou a família vizinha, o amigo ou família amiga que se tornam irmão, tio, tia ou avós, enfim, quase todos, mesmo não sendo parentes, eram considerados familiares. Aprendemos também que mãe do outro também é nossa mãe, por isso deve ser respeitada de igual forma que respeitamos a nossa mãe. O primo é irmão, não existindo primos, pois éramos todos irmãos. Esta sua memória sensitiva leva-nos à kizaca, à rama de batata-doce refogada, à fumbua, à ifata com que se acompanhavam imensas muambas e outros pitéus, como o cacusso seco de cebolada.
Somos levados a recordar kikuerra, quifufutila, kitaba e outros sabores e cheiros que povoam a memória do autor e dão substância, isto é, cheiro e sabor, à narrativa.
Mas se esses pitéus forravam as amplas mesas familiares que as mamãs se esforçavam por assegurar pois, como dizem a mais velha mama weza, nzala yabu, a petizada era também brindada com um diversificado menu de guloseimas. Aqui se fala abundantemente de pé-de-moleque, micate, miconde,chandula e muitas outras guloseimas que o engenho das mamãs sabia preparar para manter essa petizada presa ao conforto da família e alinhada, pois o castigo, muito mais doloroso que o físico, era ver-se privada desses quitutes tão apetecidos
e que faziam “crescer água na boca”.
Outras memórias se colam à formação da consciência, da cidadania dos homens e mulheres deste imenso país que, parafraseando o autor:
Já dizia a minha saudosa avó paterna, mamã Kina, que Angola tem muitos povos, muitas nações.

Zé Leitão é um académico.

Um académico tem interesses diversificados e imensas solicitações, lutando permanentemente para que o tempo deixe de ser um recurso parco e finito.
Mas este académico valoriza o amor ao próximo e por isso teve tempo para nos brindar com esta narrativa, na qual ressalta esse homem que nos quis falar das pessoas com as quais aprendeu as coisas da vida, falando de si e das épocas que ajudaram a construir o sólido e seguro homem que conhecemos, garantindo-nos que todos, mas todos, são importantes.

O teu colega e amigo
Pedro Ângelo
Viana, 11 de Outubro de 2021

JOSÉ HENRIQUES LEITÃO, é natural de Luanda. É Ph.D. em Filosofia Sistémica pela Universidade de Leipzig, Alemanha (1991-1994), depois de ter tirado a licenciatura na mesma área (1979- 1984) no Instituto deFilosofia da Universidade Friedrich-Schiller, em Jena. É professor Auxiliar no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED/Luanda), membro do Conselho Científico do ISCED e do C.C. do Departamento de Ciências Sociais do ISCED de Luanda.
Toloya –Vivências e Convivências, é o seu primeiro livro.
publicado pela Mayamba Editora.
Contactos para entrevistas: 924282534.
Copyright: © JOSÉ HENRIQUES LEITÃO/Mayamba Editora, 2022
Colecção: Nzadi
Título: Toloya (Vivências e Convivências)
Autor: José Henriques Leitão
Prefácio: Pedro Ângelo
Editor: Arlindo Isabel
Design, paginação e capa: Carlos Roque
Edição: Mayamba Editora
Rua da Liga Nacional Africana, nº13
Distrito Urbano da Ingombota | Município de Luanda
Luanda, Angola
Telefone (+244) 931930264| 918 240 318| 927 648 964| 911 564 614|912 203 008
E-mail: mayambaeditora@yahoo.com| livraria.luanda@mayambaeditora.com
Site: www.mayambaeditora.com/

Impressão e Acabamento: UNIMATER - Gráfica
1ª edição na Mayamba: Luanda, Março de 2022
Tiragem: 1000 exemplares

Depósito legalnº 10713/2022
ISBN: 978-989-761-343-2

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